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terça-feira, 21 de julho de 2009

No grites que los niños duermen

Malo- Musica de Bebe

Você apareceu numa noite fria
Com cheiro de cigarro e *gim
E o medo me percorria
Enquanto eu cruzava os dedos
Atrás da porta
Sua cara de jovem bonito
Se foi com o tempo
Por suas veias
E sua insegurança machista
Se reflete a cada dia em
Minhas lágrimas

Mais uma vez, não
Por favor
Que estou cansada
E não suporto o coração
Mais uma vez não amor por favor
Não grite, porque as crianças dormem
Mais uma vez, não
Por favor
Que estou cansada
E não suporto o coração
Mais uma vez não amor, por favor
Não grite, porque as crianças dormem
Vou voltar como o fogo
Vou queimar teus punhos de aço
E o vermelho das minha faces
Sairá o valor
Para cobrar as feridas

Mau, mau, mau você é
Não se magoa quem se gosta não
Tonto, tonto, tonto
Não se ache melhor que as mulheres
Mau, mau, mau você é
Não machuque a quem se gosta não
Tonto, tonto, tonto
Não se ache melhor que as mulheres
O dia é nublado quando você está
E o sol só volta quando você se vai
E o pesar do meu coração
É ter de lidar com o fogão

Meu rosto de menina bonita
Se foi, envelhecido em silêncio
Cada vez que me chama de puta
Seu cérebro se mostra menor





Estava passeando pelo youtube e fiquei curiosa para assistir algo sobre feminismo e violência contra mulher. Lembro me desta música em algum festival (antigona eu, mas não lembro o nome do evento music...blablabla). Enfim, fiquei curiosa porque a bendita música calhava nas minhas buscas e, olha, não é que tem a ver mesmo. Eu fiquei criando a historinha na cabeça e por mais que adore o movimento feminista e as nossas lutas, ainda me dói a parte que ela fala: No grites que los niños duermen.
Penso em crianças que convivem com a violência contra as suas mães. Penso no que é sentir estar na pele deles.
Apesar de tudo, poder conjugar este tipo de violência com outras tantas me faz pensar num futuro que não separaremos as pessoas em bandeiras específicas de luta. Lutaremos contra uma estrutura maior, nem contra o fenômeno violência que só é reflexo da nossa atual forma de organizar em sociedade: desigualdade, individualismo, poder sobre o outro coisifição/materialização e marcantilização de tudo e de todos!
Ora, como somos hipócritas continuamos amealhando nosso rico dinheirinho enquanto alguém morre de fome, e ainda por cima ficamos bestificados com a violência contra a mulher, a criança, o idoso. Aff.
Se queremos uma cultura de paz, pensemos num mundo novo...Ana Laura.

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