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sábado, 29 de agosto de 2009

Será que estamos TODOS ENFIADOS na mesma loucura



Bom, eu cá pelas minhas andanças pelo Youtube me deparo com o vídeo Professora dançando o TODO ENFIADO. Este apelo foi tão forte e não pelo fato de ser uma professora, mas achei que o CRÉU tinha sido o fundo do poço!
Pelo nome já dá para saber que o buraco era bem embaixo e que o corpo da mulher seria representado como o sempre fora: mercadoria, objeto de consumo, corpo a ser violado entre tantas. É um vídeo que, para mim, vai para além do mau gosto.
Pergunto-me: não só como uma garota se submete a isto, mas a forma como o cantor age em relação a ela é de total repúdio. Todavia ninguém parou o show e todo mundo continuou rebolando... a vida real também é assim!
Sempre a mesma imagem de uma mulher se deixando dominar, uma mão alheia, um ato evasivo. Como se todas as mulheres gostassem de ser invadidas por mãos e pênis...estivéssemos a mercê engolindo violações e espermas! Tão gostosas e passivas!
A imagem feminina nunca foi tão perversa em manter as mulheres na teia histórica de objeto de casa, cama e cozinha. Com a erotização da sociedade não há outra mulher se não aquela cheia de curvas e pronta a ser penetrada. A imagem é tão forte que a mulher que não se rende se torna "disfuncional", ou seria consciente?
Lembro-me de um trote para calouras de direito que me chocou: Miss Cofrinho. Então vocês imaginam que uma moeda no chão e o ato de agachar se tornou para muitas a alcunha de mais um depósito de esperma universitário. Falo isto porque só algumas participaram do Trote, algumas que como a professora acreditaram que “assim é o Mundo”, “é isso que esperam de mim” “preciso ser aceita”
Não me importei pelo fato da mulher dançando fosse uma professora de pré-escola. AH! Vamos parar com tanta hipocrisia, porque há tempos atrás colocávamos nossas meninas para dançar a boquinha da garrafa! Aí, num surto de otimismo esperávamos que elas estivessem dançando música clássica no Bolshoi?
O problema não está somente na conduta de uma professora. Chocamos-nos, porque acreditamos que professoras de crianças são extensão da maternidade (as tias) e não profissionais com conhecimento técnico e de formação para o trabalho desenvolvido. Mas a meu ver, ficou despercebido que a erotização do corpo feminino já passou do mau gosto e da pejoratização.
Ninguém buscou os verdadeiros culpados: nós mesmos, todos, mulheres e homens. A culpa sempre recai sobre o privado ao contrário de pensarmos na utilização da imagem da mulher por grandes empresas e campanhas publicitárias, com caráter tão devastador quanto! Lógico que isto recairia na responsabilidade do Estado em relação à Democratização dos Meios de Comunicação entre outros, nos calemos por enquanto.
Criamos esta sociedade que sempre acreditou na mulher enquanto objeto.
Somos as mulheres da cerveja, do futebol, as mulheres que a revista colocou que sonhava com um estupro. Aquelas que em jogos e desenhos japoneses já somos retratadas como corpos a serem violados sejam por ETs ou por qualquer membro masculino. Eu fico chocada e chateada em saber que ainda não chegamos ao fundo do poço!




Ana Laura, o nome do famigerado joguinho é Repelay e os vídeos estão no Youtube...Me nego a postar eles aqui!
Foto de jogos de Louça do restaurante Rosenmeer, na cidade alemã de Moenchenglad

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Um minuto de música



Eu não entendo nada da melodia, mas enfim. Talvez o problema seja comigo. Estou adorando a cantora e as musicas...são bem calminhas e inspiradoras.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Teste sua indiferença

Você consegue sentir?

Quando seu único amigo é um cachorro

Senti?

Fome na Africa
Você consegue sentir?

Foto de Sebastião Salgado

E agora, consegue?

Foto de Sebastião Salgado

Consegue?

Pieta- Paulo Rego

E agora?

Olhe esta, ainda sente?


Tortura realizada por soldados americanos a prisioneiros de guerra no Iraque

Você consegue sentir algo?




Consegue, ainda sentir-se parte disto?

"Durante a guerra aprendi uma verdade que geralmente preferimos não enunciar: que a coisa mais brutal da crueldade é aquela que desumaniza suas vítimas antes de destruí-las. E que a luta mais árdaus de todas é permanecer humana em condições desumanas"

Janina Bauman, 1985. Inverno na manhã. Uma jovem no Gueto de Varsóvia.
Ana Laura

BORDIEU, Pierre


Eu não sei se existe um universo cósmico que interliga as pessoas e as ações, na qual nada é por acaso...estas idéias me assustam, mas em algumas situações me permitem dormir a noite!
Enfim, ultimamente tenho me deparado com o filosofo Pierre Bourdieu, melhor dizendo com os escritos e pensamentos do filosofo.
Vou colocar as frases que me apresentaram nestes dias:

"Sem o questionamento do sofrimento que mutila o cotidiano, a capacidade de autonomia e a subjetividade dos homens, a política, inclusive a revolucionária, torna-se mera abstração e instrumentalização."
Pierre Bourdieu

Esta me atingiu em cheio. Será que estou me questionando sobre o sofrimento alheio, será que estou agindo com a consciência deste sofrimento..opa, será que só liguei o automático e pronto?

“As mesmas discriminações que atribuem às mulheres as ocupações contínuas e invisíveis são instituídas sob nossos próprios olhos”

A opressão feminina é algo "legitimado" e permitido na nossa sociedade, muitos sequer a vê. Mas como ela é uma criação histórica, é passível de mudança.

“Não há democracia efetiva sem um verdadeiro poder crítico”

Sem comentários...

¨Eu mesmo tenho frequentemente lembrado que, se existe uma verdade, é que a verdade é um lugar de lutas. ¨

A idéia de luta, acredito eu, é provocar o cotidiano conformista que temos, mostrando as desigualdades social, raciais, gênero, geração, credo, cultura, poder aquisitivo e assim vai. É colocar na pauta do dia as verdades "veladas" e lutar que elas sejam vistas, sentidas e incorporadas como algo já não aceitável. É ter consciência que a Verdade imposta é que para uns comer outros têm que deixar de existir, mas por que se importar você ainda tem comida no prato! E esta verdade só pode ser combatido diante da luta que enfrentaremos com os poderes objetivos (os donos das riquezas, digamos assim) e simbólicos (conformismo, alienação, indiferença, individualismo, egoísmo e por assim vai), se não concebermos uma verdade de luta, teremos que conceber uma verdade conformista!

Alguns endereços, apropriem se da informação por completo... Sejam críticos, dialoguem, não perca o valor humano na sua vida, não perca o outro.

Ana Laura

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Releitura do Céu no Chão

Sentada no chão em companhia da caixa de giz de cera e da criatividade. Olhava de cima para baixo e de baixo para cima, o céu não transbardaria sem que a menina não visse. Sem que notasse que para transbordar o céu teria que passar por ela. Pelos olhos, cérebros, mãos e sentimentos.
Sim, ela fazia a sua releitura do céu no chão. Daquele céu cor de abóbora e nuvens pastéis e brancas, daquele que lembrava doce e lembrava brevidade.
Fazia dos perfeitos contornos da natureza o seu contorno infantil. Vários transeuntes desviavam da menina e do seu céu.
Mas ninguém conseguia não achar graça, beleza, paz e alegria ao ver a menina debruçada no céu de um chão.
Toda calçada forrada de nuvens brancas e cor de abóbora.
Ninguém soube a intenção daquela menina.
Só sabiam que ali havia a brevidade de um céu pintado e uma menina que o fez transbordar no chão.


Está meio confuso, eu sei, mas um pouco de paz passou no meu dia agitado. Lembro-me dê um vendedor de apitos que fazia bolhas, uma menina cigana que se encantou com aquilo. Lembro de ela ter dançado embaixo do apito de bolha e de eu ter sentido a maior paz do mundo. Nunca mais me saiu da cabeça a idéia que a paz está na simplicidade das crianças em se encantar. Ou será: em nos encantar?


Ana Laura

domingo, 23 de agosto de 2009


Vetados os excessos, fico a me imaginar quanto tempo me resta de vida?
Sim, pergunta macabra essa, não? Pode até ser, mas em pleno meus vinte e poucos anos, me sinto esgotada.
Essa vida tão igual, o tempo que corre apressadamente, a cada instante, a cada momento sem deixar tréguas, sem me deixar respirar.
Apenas as reticências permanecem, o que restará de mim? Afirmo e reafirmo que nada restará!
Sem árvores a plantar, sem filhos a gerar e muito menos meu nome a estampar, vivo e sigo assim anonimamente.
Mas tem dias que a brincadeira perde a graça e sorrir fica cada dia mais dificil. São as escolhas erradas, são os momentos apagados, e é a vida todos os dias me perguntando o que vim fazer aqui e sou eu todos os dias tentando lhe responder: Ainda não sei!
Taty.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ultimamente

Ultimamente tenho estado bastante ocupada com os imperativos do início de uma carreira profissional. Àqueles tantos que você pensa:
Por que eu estou fazendo isto?
Estão comprando a minha alma? Será que ela está cara?
Onde eu enfio este cabo? (sim, eu tinha uma boa idéia!)
Onde você está querendo chegar?
Mas o que mesmo uma assistente social faz?
Gente, cadê a ética?
Será que isto me compromete?
Preciso arranjar outro emprego?
Vamos fazer um projeto?
Como é mesmo aquelas formulas no Excel?
Tem formula de tabela no Word?
Por que não quebro este computador????
Alô, alô, alô..você está me ouvindo??
Por que não quebro o telefone também?
Dá para me pagar?
Dá para ser mais humano?
Dá para entender?
Dá para parar de me encher?
Que hora vamos fazer algo?
?????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
??????????????????????????????????? Pára a palhaçada, já estamos no final de semana?

Ana Laura

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Teoria da Conspiração- Ironia do H1N1

Creio que muitos receberam este emeio. Eu, apesar de não saber a veracidade dos dados, fiquei pensando nas Teorias de Conspirações. Se elas são verdadeiras nem sempre sabemos, todavia é sempre bom nos questionar sobre a intenção por traz de toda e qualquer ação. Até mesmo a do emeio.
Principalmente aquelas ações que a Mídia Grande dá alarde. Gostei do texto e acredito que ele traz um enfoque da naturalização das "desgraças": a morte pela fome, infanticidio, país que extermina o outro, guerra civil e por assim vai. Você já não se importa? Tome cuidado quando os socos não fizerem mais efeito!

*A IRONIA NO SEU MELHOR ESTILO**
2000 pessoas contraem a gripe suína e todo mundo já quer usar máscara.
25 milhões de pessoas têm AIDS e ninguém quer usar preservativo...
*PANDEMIA DE LUCRO
Que interesses econômicos se movem por detrás da gripe porcina???
No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vitimas da Malária, que se podia prevenir com um simples mosquiteiro.
Os noticiários, disto nada falam!
No mundo, por ano morrem 2 milhões de crianças com diarréia que se poderia evitar com um simples soro que custa 25 centavos.
Os noticiários disto nada falam!
Sarampo, pneumonia e enfermidades curáveis com vacinas baratas, provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano.
Os noticiários disto nada falam!
Mas há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das aves......os noticiários mundiais inundaram-se de noticias...
Uma epidemia, a mais perigosa de todas...Uma Pandemia!Só se falava da terrífica enfermidade das aves.
Não obstante, a gripe das aves apenas causou a morte de 250 pessoas, em 10 anos...25 mortos por ano. A gripe comum, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. Meio milhão contra 25.

Neste momento o autor se refere algumas industrias farmaceuticas que lucraram muito na criação de remédios na época da Gripe das Aves e que são as mesmas que estão lucrando com a patente de um remédio na Gripe Porcina (brinc. do autor). Pode ser bobagem, mas fiquei com medo de anunciar, put's que covarde... vai saber né, assisti o filme Jardineiro Fiel (tinha colocado Amor sem fronteiras, é que são tantas idéias malucas do Tio Holly) e tenho medo até de farmácia!
Brincadeiras a parte. O meu recado é só para confirmar que precisamos urgentemente re-tomar nossa posição de sujeito coletivo, ligados única e exclusivamente pela solidariedade e afinidade pelo o outro.

Ana Laura

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Recadinho pessoal


Queria que soubesse que recomeçar é difícil, mas eu estou indo bem apesar de tudo. Soubesse que penso em te convidar a passear por aqui, mas tenho medo. Queria também que escutasse àquelas nossas musicas sem tantas mágoas. E que dividisse seus novos gostos musicais comigo. Soubesse que as Cafeterias seriam um bom espaço que faltou naquela época. E que o novo cobra a sua avaliação. Soubesse que comprei um livro de poesia e recuperei tantos livros que deixei por aí. E que tenho ido bem com a família e que os sonhos continuam os mesmos. Espero que saiba, só isto, que ainda escuto sua risada.

Ana Laura

domingo, 9 de agosto de 2009

Expressões excluídas da minha agenda revolucionária

Existem expressões que me inquietam bastante, apesar do costume em continuar reproduzindo-as. Sabe àquelas manias que deveriam ser diariamente vigiadas, pois então.
Eu odeio as expressões “Eu faço a minha parte” e “Seu direito começa quando termina o meu”. Estas frases estão bastante enraizadas no cotidiano, acho que por elas terem uma aparência de ética é que as pessoas a utilizam como justificativas. Poxa, mas será que ninguém percebeu o individualismo nisto tudo.
Fazer a parte... a minha parte...a parte que me cabe na consciência? A parte formalmente exigida? A parte que me faria dormir dia e noite na tranqüilidade? Não sei, porque quando penso no mundo do jeito que está não consigo ver a minha parte, não consigo ver como a minha pequena parte mudaria algo e me faria um ser sereno. Claro, e você me dirá: se cada um fizer a sua parte. Sim, mas será que somos cada, será que somos um, será que temos força sozinho? Será se eu fizer a minha parte, alguém vai fazer a dele e sucessivamente terá uma brincadeira de tombar os dominós?
E quando devo cobrar alguém que não está fazendo a parte dele? Como devo cobrar? A minha parte é minha ou ressoa em direitos coletivos...então, se exprime a parte de todos, porque não a expressão
Vamos fazer a parte para todos, com todos e por todos....
Muitos vão dizer que a transformação acontece de dentro para fora. Claro, não posso menosprezar a formação de um ser transformado para que imprima na realidade a transformação. Seria ridícula.
Mas a idéia que sozinhos conseguimos mudar realidades é a mesma idéia que demonstra que cada um deva buscar pelo seu direito. Um dia na história o Egoísmo foi exaltado para que houvesse a justiça social, se cada um buscar seus direitos logo não haveriam pessoas infelizes, porque todos buscariam e manteriam os direitos que eram do seu interesse. Cada um mantendo o seu direito, todos os manteriam, ora, era interesse de cada a conquista do direito. Ninguém pensou que para buscar os direitos, de forma individualizada, todos teriam que estar no mesmo patamar social, cultural, econômico, de respeito e por assim vai. Claro, que no Capitalismo a igualdade e liberdade são condições humanas respeitadas (coff, coff,coff) (bem rasteiramente a ideologia que permeou a economia e a esfera social no começo do Liberalismo)
Esta mesma idéia transita por nós revestida com novo tom, sabe aquela música Vestir o velho com o novo. Pois é, eu sinto assim. Você continua impingindo no mundo a sua verdade, a sua prática, a sua noção de certo e errado e de transformação sem reparar que as suas ações têm que repercutir no todo, no coletivo... e como você pode ser o porta-voz desse coletivo se se acredita que sozinho você faz a diferença? Sozinho você chega no outro, com o outro você transforma.
Sem julgar o certo e o errado de nossas lutas diárias. De repente decidimos em lutar por algo e por algumas coisas sem ao menos saber que existe um coletivo, uma luta de classe, ou de segmento, de grupo ou qualquer aglomeração humana. Perde se a noção de que juntos temos força e que sozinhos somos facilmente estraçalhados.... esconderiam o nosso corpo em baixo do tapete tão facilmente!
Quando estamos sozinhos temos o direito de cometer os erros mais escabrosos. Ora, não teremos parâmetros, não haverão horizontes. Não teremos o outro!
Ninguém é uma ilha, ninguém é sozinho neste mundo e não podemos acreditar que a minha luta é um recorte na sociedade, não podemos permitir que minha voz seja um monólogo, não posso ser beija-flor com gotas de água diante do incêndio. Tudo é muito poético, metáforas lindas, mas sozinhos seremos silenciados, somos enterrados com os nossos sonhos de mundo melhor.
Reflitam: Eu faço Pós Graduação Virtual. O curso não oferece estrutura de ensino aprendizagem condizente para uma especialização. Todavia, os alunos desta pós não conseguem se unir e propor, justamente porque não se conhecem, não se vêem, não tem a sala de aula como palco político de reivindicações, mas, sim, a tela do computador fria e solitária. Isto é vantajoso para quem: para o professor que não se compromete na produção do conhecimento, na faculdade que silencia e desarticula os alunos, os consumidores diretos do "produto" que oferta. Não há muitas vantagens para o aluno.
Nós precisamos pensar no coletivo, agir com o coletivo.
Muitas pessoas se destacam neste coletivo. Seres que emprestaram a voz para que falassem uma gama de outras pessoas, mas eles não estão sozinhos, não fazem dos “pobres” e “infelizes” seu objeto de luta, mas representam a si e os outros que ficaram no anonimato. Representam uma classe que se marginalizou, da qual ele faz parte. E tem mais, precisamos desta figura política, precisamos de ídolos, precisamos dos mártires para nos retirar do marasmo... mas acreditem, eles não estavam sozinhos, talvez pensassem mais em nós do que nós mesmo. Diferente, então, pensar que faziam a parte dele tão somente!
Outro exemplo muito clássico é o Bum do Movimento de Preservação Ambiental conjuntamente com o Bum Venda créditos de carbono. Enquanto nós brasileiros estamos na luta para manter o ambiente despoluído se vende as “atitudes conscientes” como créditos de carbono para que os Estados Unidos e outros países ricos continuem poluindo o mesmo tanto que poluíam. No final, NÓS salvaremos o Planeta Terra?
Só salvaremos o Planeta quando TODAS as nações desejarem esta finalidade.
Tudo começa por um ponto de partida... o homem, a humanidade e a história... sejamos realmente dialéticos, busquemos nos encontrar na humanidade para transformar, para o combate conjunto, não solitário!
Eu tenho medo da solidão que TODAS as pessoas que conheço descrevem na sua vida, eu faço parte deste grupo. Acredito piamente que esta solidão não é só culpa nossa, ela parece ser nossa nova onda de des-pertencimento humano...quanto menos humanos, melhores objetos a serem manipulados. Pensem nisso quando diariamente forem realizar a sua parte...depois de tudo meu conselho é anuncie sua parte com o todo, permita que este todo faça da sua parte a parte coletiva de Todos os anseios.


Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,a vida presente.


Carlos Drummond de Andrade
Obs: Como o post ficou deveras longo depois continuo escrevendo sobre os limites dos direitos. Desculpem se a contrução de texto transitou pela primeira pessoa do singular e depois primeira do plural, sei que não é formal fazer isto. Escrevo para eu conseguir chegar em você, para que construamos o conhecimento pautado no nós. Ana Laura

quinta-feira, 6 de agosto de 2009


Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gostoe sim porque aprendi a ser só...


Florbela Espanca


Tati, esse poema tem me traduzido nesses ultimos tempos!!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um minuto de maldade




Amém.
Ana Laura

domingo, 2 de agosto de 2009

Fragmentos...


..."...não somos seres suspensos em bolas de sabão, que vagueiam felizes pelos ares; nas nossas vidas há um antes e um depois, e esse antes e esse depois são uma ratoeira para os nossos destinos, pousam-se sobre nós como uma rede se pousa sobre a presa.(...)

O destino possui todo o poder e o esforço da vontade não passa de um pretexto.(...)

E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não te metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te e vai para onde ele te levar."


...a principal qualidade do amor é a força..."
...
...
Susanna Tamaro in "Vai Aonde Te Leva o Coração"
Tati, Li e me apaixonei.