Pages

sábado, 27 de junho de 2009

PIANORQUESTRA

Estou um tanto musical ultimamente. Acho que minha família não aguenta mais ouvir samba...mas me lembrei deste grupo maravilhoso que assisti quando em Londrina. Inesquecível, me arrependo de não ter comprado o DVD do grupo...Put's...quantas coisas se perdem no caminho e outras se fazem, alguns diriam devir, outros dileticidade e alguns macumba (movimento!)
Um dia postarei sobre a Banda Terra Celta, fez parte da minha fase universitária (eita, vida boa) e de muitos outros...
O duro é saber qual vídeo youtubistico é mais belo...
Rola até musica regional do nordeste...lindo

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Era tudo um sonho;
Lamentos de uma noite, solidão!
Aonde está você que não consigo enxergar?
Viver não deveria ser um tédio;
mas sigo assim caminhando, me perdendo e apenas sobrevivendo!
Enquanto você não vem ou minha vida não renasça.
Taty, com o coração apertado.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Um minuto de samba....

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Comercial mui interessante!

Fui dar uma passada pelo blog que eu me amarro já uns três anos. Lá vi um comercial mui interessante e fotos da Parada Gay da Coréia, vale conferir!



terça-feira, 23 de junho de 2009

Dia 28..Não a intolerância!


Esta era nova pra mim, fiquei feliz em saber que existe uma data assim, tudo bem, bem tardiamente né, afinal as Paradas Gays resultam desta data e deste sentimento... eu tenho que me informar!
Não sabia que dia 28 de junho era um dia a ser comemorado e olha que nem falei das minhas datas prediletas aqui no blog:
18 de maio (dia do combate a violência sexual contra criança e adolescente), dia 13 de maio (não sei se ainda acredito, mas nós, negros, fomos libertos) e o dia das mães (teria muito assunto para esta data, mas resolvi me abster)...
Enfim, o 28 de Junho é o dia da comemoração do orgulho gay e o interessante é que a data foi escolhida por um acontecimento, coisa que eu patéticamente não sabia, como a idéia é nova vou re-produzir por medo de falhar:

"A data ficou marcada após os conflitos conhecidos como Batalha de Stonewall (1969), em que, pela primeira vez, homossexuais que sofriam abusos constantes da polícia partiram para o enfrentamento e conquistaram na marra respeito e direitos básicos, como o de circular sem serem agredidos(as) pelo bairro de Greenwich Village (Nova Iorque), onde está localizado o bar Stonewall, que deu nome ao confronto. Acontecimento que fez história seguindo a trilha da coragem e ousadia das lutas todas que durante os anos 60 e começo dos 70 do século XX nos deram a possibilidade de estarmos aqui, a possibilidade de um outro tempo e um outro lugar."
http://www.abong.org.br/final/informes_pag.phpcdm=19760

Gostei de saber que existe esta data e a possibilidade de divulgação de um movimento que eu aposto muitíssimo. Adoro o movimento feminista, todavia percebo que o movimento gay toma espaços que as feministas não conseguiram conquistar. Enfim, meu ponto de vista.
O movimento GLBTTT tem demonstrado uma abrangência de ação que encanta. Lembro-me da travesti que subia no palanque e discursava sobre educação e cultura como melhor combate a homofobia. Lembro-me das outras que explicavam sua prostituição em teatro, música e poesias... no final percebemos que a prostituição para algumas era mais algo jogado em suas vidas do que uma escolha própria...
E da menina mais linda que conheci e de como ela abraçou sua parceira num ônibus lotado a revelia de alguns universitários hipócritas. Havia muito mais coragem nelas do que em qualquer um naquele ônibus.
É isto que esta data significa: o combate a tanta hipocrisia, a tanta violência e opressão que este público recebeu e recebe... não sabemos ao certo o que sofreram no processo histórico, só sabemos que falta pouco para termos a certeza o quanto os Homens ainda estão próximos da animalidade do que da humanidade!
o que me deixa feliz é que nossa sexualidade se transforma, assim como a história e o homem! A esperança é a última que morre, não nos afestemos muito do fator humano.


Ana Laura, a favor da polissexualidade...desculpem se misturei a primeira pessoa do singular com a do plural, mas eu amo me encontrar na coletividade!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

quando foi que eu deixei de me importar?

Eu ia passar rápido pela internet e deixar uma frase só, algo pra ocupar espaço. Mas por que fui abrir meu email? Vou refazer a frase: Que bom que abri meu email!
A muito estou pra explodir na minha louca vida, vida breve... não utilizo o blog para recadinhos pessoais, mas hoje eu mereço. Eu quero um pouco de palco, um pouco de atenção e talvez carinho! (quando foi que esperei isto neste espaço?)
Eu recebi a corrente com as fotos da criança Amanda, um pedido de repassar o email e contribuir com a campanha. Eu tenho muito medo de correntes e não consegui mandar para outras pessoas. Me perdoem se realmente aquilo for verdade. Para dar o tom das fotos: mostram uma menininha com várias feridas e bolhas, sem dedos das mãos e pés, parecem queimaduras secando e outras infeccionando.
Mas vendo as fotos me lembrei do sentimento bom que tenho pelas crianças e que me fazia lutar a cada dia por elas. Ultimamente tenho ficado no meu escritório em cima de um computador, lento por sinal, fazendo relatórios e relatórios...tratando a vida como burocracia, escrevendo, relatando, declarando, me esvaindo em termos que não dizem de sentimentos mas sim, de ações frias...
Bom, eu tenho que me explicar. Sou assistente social de um abrigo para crianças e adolescentes. Lá existem seres que são as melhores partes da nossa indiferença, da nossa arrogância e hipocrisia. Quando foi que abandonamos nossa infância mesmo? Tudo começa com a roda dos expostos e hoje teimamos em dizer que estas crianças e adolescentes não estão abandonados.
Tenho estado atordoada com esta reflexão. Enquanto eu entro no frio escritório e sento minha b.... na dura cadeira e escrevo sobre vidas, vidas e mais vidas em papeis e de repente tudo que eu mais gosto está ali fora, ao alcance das minhas mãos.
Quando trabalhava com crianças e adolescentes vítimas de violência sexual eu tinha a maior angustia em protege-los, de saber como se comportariam depois da minha intervenção de proteção, hoje eu os vejo correndo de um lado para o outro, sorrindo aqui e ali...brincando com os brinquedos que nunca serão seus e eles nem sabem meu nome, nem querem saber...mas eu sei tudo, sei o quanto vai doer depois ou o quanto dói, mas eu não posso simplesmente apagar isso deles, mas juro que se pudesse eu faria...Os pegaria no colo e beijaria suas cabeças e tudo estaria esquecido, adoraria ser um mutante, uma fada, um extra-terrestre ou qualquer ser potencialmente mágico.
Sigo entre a caneta, a folha e a frieza. Quando foi que me esqueci daquele sentimento bom de luta, de raiva, de indignação...quando foi que eu simplesmente fui levada pela mão da rotina.
Errrrrggggg eu me odeio agora...
vou falar dos pequenos que eu cuido...eles são a parte mais doce de qualquer realização pessoal, Para alguns você pergunta se quer um pai e uma mãe, para outros você afirma que logo estarão em casa. De repente você só tem a esperança num punhado de palavras...
Lá a vida segue sem sobressaltos..alguns chegam..outros vão embora, outros tantos nos escapam pelas mãos..estes doem muito no peito. Onde estará, comeu, estão fazendo algo de errado com ele, será que está passando frio, será que está se metendo numa enrascada e de repente você se sente uma Mãe da Sé, desejando que ainda exista bondade e vida.
Eu me esqueci qua vida não se faz de um sol que nasce e depois se põe, das roupas entulhadas na cama, das palavras em frases coerentes...me esqueci que eu sou humana e me assemelho com todas as histórias que estão no meu compasso atual. Me esqueci que é preciso muita indisposição para continuar buscando o melhor...
me esqueci que eu posso lutar com as minhas unhas, meus dentes, meu suor, minha saliva e qualquer outra porra poetica (kakaka, ana laura em furia!) por um mundo melhor para nossas crianças...afinal, quando foi que eu deixei de me importar?

Ana Laura, vou parando por aqui, quem me conhece sabe que estou numa crise histérica de auto questionamentos insanos...melhor calar por enquanto.

Sugestivo...Tendêncioso...Cheio de Intenção

"Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria."(Charles Chaplin)
Arte de Klimt!
Coloquei esta na minha agenda hoje
Ana Laura

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Agendas antigas

Pequenos detalhes da minha agenda de 2003:

"Ninguém pode chegar ao topo armado apenas de talento. Deus dá o talento, o trabalho transforma o talento em gênio" Anna Pavlova

"Estamos sozinhos no meio de tudo, desamparados. Um doloroso sentimento de solidão. Quando se perde a confiança em si e no outro, perde-se a capacidade de amar e ser amado. Desejo a busca do outra para me reencontrar" (anonimo)

eu era bem religiosa nesta época...aff

Agenda de 2005:

" Toda criatura só é, só se realiza, mediante a semelhança. Em outras palavras, na imitação do ser supremo." (Minha compreensão sobre as aulas sobre Santo Agostinho, na época, porque agora me pergunto: Cuma? )

Poeminha pra mamãe...AH! meu coração bate pequeno, eu olho as estrelas. Tão longe que suspiro o teu brilho intenso...

Poeminha Pipa (já postei) era para um amor... um que você sonha acordado e depois você cai na realidade, como uma pipa cai do céu!....embaixo do poema tem uma frase: Como odeio que você pertença a mim, aos meus torturantes pensamentos. (cafoninha!)

Agenda 2007:

Recado orçamentários (um sarro!)

Gastos excessivos com bolacha recheada. Eu sei, é muito gostoso! Mas depois o prejuizo com a academia vai ser maior. Qual é o preço do isopor?

Depois tudo bem objetivo, contas e compromissos...1+1=2, prova de filosofia (cadê o tal do Santo) olha que estava na Universidade.

Agenda 2008:

"Acorda, acorda Cinderela!
Isso aqui não é um conto de fada
Se você tá achando que vai encontrar o principe encantado
Você tá completamente enganda
É melhor você começar a se virar
Que os papéis aqui se inverteram
E daqui a pouco você vai tropeçar
No seu mocinho descolorindo o cabelo
Ai, neguinha, quero vê quem vai trocar o teu pneu
Pra você seguir viagem
Porque a vida é uma só
Vai desperdiçar com bobagem?
As lâmpadas do meu caminho quem troco sou eu
Posso até ser a Julieta
Mas não fico sentada à espera do meu Romeu. (Squat- Mia Melo)
...foi o fim da idéia de amor perfeito e o começo de muita farra...

"O buraco do meu cú é revolucionário" Guy Hocquengheim
...falei, minha segunda opção de frase na monografia, mas como maternidade não tem muito a ver...me limitei.

2009

"Os otimistas são ingênuos, os pessimistas são amargos, mas vale ser um realista esperançoso" Ariano Sussuna

Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay.

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já acabaam. As coisas passam, e às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre o mesmo programa, não há nada mais perigoso que decisões que sempre são adiadas em nome do momento ideal. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: nada é insubstituível, um habito não é uma necessidade. Encerre ciclos. Não por causa do orgulho ou por incapacidade, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida." (recorte de papel, sem autoria, meu re-começo...)


Agora chega do momento recordar é viver...



Ana Laura, cadê o aquecimento global quando preciso dele!!!

terça-feira, 16 de junho de 2009



Procuro um amor que me complete.
Um certo alguém que me faça sorrir;
Que me olhe nos olhos e que os faça brilhar.
Quero um amor que ao primeiro beijo me faça voar
Que o chão saia do lugar e toque o meu coração.
Quero sorrir junto, abraçar e dançar.
E quando te encontrar vou saber que era você que meu corpo sempre procurou.
E assim mesmo, ainda respondo, sim me interesso!
Me interesso em te amar! E sentiremos o tempo que passou.



Tatiane. Sim eu procuro um amor...


segunda-feira, 15 de junho de 2009

Gustavo Klimt- o que seriam das mulheres sem ele?










Recortes das obras de Gustavo Klimt, o conheci em meio à Simone de Beauvoir, a Nancy, a Priore e tantas outras...hoje nem sei se tem a ver, mas não consigo me ver mulher sem pensar em Klimt! Ana Laura

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Solidão por Fatima Irene Pinto

"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinharos pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa
alma."

terça-feira, 9 de junho de 2009

Foto de Paulo Garcez


Almas perfumadas

Ana Cláudia Saldanha Jácomo(Para minha avó Edith)

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas,pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. Minha avó era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor.



Postado por Ana Laura, texto de Ana Claúdia Saldanha Jácomo e imagem do artista plastico Gustavo Klimt (um dos meus Gustavos favoritos!)


domingo, 7 de junho de 2009

Quanto tempo demorou pra párar de doer!


Quanto tempo demorou pra párar de doer, muito tempo, talvez ainda doa, não, com certeza dói muito. Mas ela resolveu se levantar todos os dias pra ficar prostada na varanda. Ali, com o olhar perdido no horizonte. Num misto de saudade e espera.
Foi numa curva da estrada, próximo dali. Foi lá que perdeu seu filho mais velho, naquela curva vagam as retinas cansadas de D. Amélia, as rugas empoeiradas e os lábios curvados davam o tom do que se tornou a sua vida.
Um dia passa por ali uma devota segurando Nossa Senhora em pequeno altar, pára e vê àquela figura na varanda, uma prosa, uma fé e a imagem fica cravada na curva para amparar a alma do filho querido de D. Amélia.
Na mesma noite uma tempestade cai sobre a cidade, sobre a casa de D. Amélia, sobre a Santa protetora das almas perdidas em curvas. Ela se assusta com a possibilidade da Santa quebrar e seu filho continuar vagando. Não se incomodou com os trovões, raios, ventos e medos.
Com o guarda-chuva foi salvar tudo que restou naquela curva de proteção, de saudade, de amor. Ficou lá, párada, chovendo dentro da própria alma. Em pé levava o guarda-chuva mais pra Santa do que pra si e seus pés de sandálias virou pés de barro e lama.
Tudo escuro, molhado...só o barulho da chuva tornando-se silêncio. Mas existem passos ali, uns que se aproximam sem disfarçar a pressa.

_ Olá, a senhora o que faz aqui nesta chuva? Jesus, toda molhada...vai resfriar ou coisa pior. Vamos pra um lugar seguro...

_ A santa...

_Levemos conosco, ora esta, deixa que eu carrego...Grudou no pequeno altar da imagem e na figura molhada e galgaram o espaço para a casa seca e segura. A mulher se deixou levar, como algo bom a ser reencontrado.
Deixou se carregar pela mão até sua casa, até roupas secas, até uma cama quente. De manhã como acreditava, foi um sonho.
Sentou na varanda e verteu toda àquela chuva pelos olhos e só quando o pôr do sol chegou é que secou um pouco do que transbordava. Neste instante irrompe na varanda uma senhora e muitas crianças, com certeza, uma mãe e muitos filhos.

_ Tarde vizinha, como está? Melhor. Trouxe um pouco de bolo e mel, vamos cuidar pra não gripar. Deixa eu me apresentar: Sou quem te ajudou ontem, Esperenciana, a suas ordens ...ah! e esta renca são meus filhos...

_ Ohhh criançada vem dar benção pra vó...
E assim foram os novos dias de D. Amélia.
Ana Laura.

E a ponte vem sendo a distância de quem está só

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O homem só leva aquilo que lembra

Ele estava na varanda pensando, sabia que era um risco estar ali com o olhar perdido no tempo, mas era maior do que ele, algo que vem com a idade.
Foi logo após uma briga no namoro, há tantos estavam juntos, nossa, era impossível não brigar. Mas naquela época estava cansado da vidinha a dois, tão novo e já todo enrolado! Pulou pra uma vida picante de diversões e romances, muitas mulheres, muitos relacionamentos. Viveu e gozou.
Resolveu colocar tudo num livro auto biografico, sucesso de vendas. Ele seria lembrado por todos os solteirões inveterados da sua época!
Um dia...numa festa de amigos, eis que surge a ex novamente e a re-conquista foi fatal. E de repente 30 anos de casamento, quatro filhos, 14 netos e o único prazer agora era olhar o horizonte da sua varanda até o passado.
Quantas lembranças e ploftttt........o livro acerta novamente seu alvo preferido, a sua cabeça!
_ Você ainda não me explicou a Loira da página 17, como assim: a mais sedutora e fatal mulher que você conheceu?
_ Maria, querida, de novo não...