Ele morava já sozinho. Já sozinho há 3 anos. Ela se foi, enfim. Pensava assim em todas as manhãs que acordava às 7horas. Um suspiro antes de sair da cama. Enfim, era porque ela sofreu muito.
A manhã se fazia de café forte e o jardim nos fundos do quintal. Alface, cebolinha, salsa, coentro, alecrim, louro... no final das tarefas matutinas: as rosas e os brincos de princesa, lembranças vivas deixadas.
Almoço logo na esquina, bem barato e créditos com o dono do Restaurante. A prosa vinha e se estabelecia entre o passado e o presente. “Muita alface bonita” “E a perna machucada de guerra” “A falta que ela me fazia”. O futuro só se apresentava em conversas meteorológicas: “vai chover hoje” “o sol nasce!”. Enfim, o futuro não era tão interessante assim.
A tarde era da varanda. Qualquer distração... vizinho e mais prosa, algo a ser consertado, o rádio e um pouco de música. Tudo terminava no café forte, preto e coado lá pelas 16 horas.
Neste momento em diante era como se a dor voltasse da rua para dormir. Não, dormir significaria repousar enfim. Ela chegava e vigiava o jantar, a televisão, os sonos recortados e o coração de batidas fracas. Uma excelente vigia dos suspiros profundos, dos gemidos sufocados, das ânsias de chorar.
E logo o Sol surgia e tudo se repetia. Os brincos de princesa, da mais bela princesa da saudade, do presente na varanda, onde se podiam entreter as dores profundas do velho coração
. A noite sofrida e o sol logo surgindo.
Um dia de noite intensa. Os brincos de princesa vêm cobrar a ausência de cuidados. O almoço se fez num cheiro que cruzou a janela, mas que não supriu o apetite. Nada a se consertar a não ser a visão estonteada da cama jogada no teto. E a dor impiedosa, deitou junto a cama e conseguiu soprar vagamente suas melodias enfadonhas.
O Sol logo surgia na varanda solitária carregando na mão a Princesa de brincos. O futuro pede desculpa pela demora. Mas já não há mais desassossego para àquele coração. Consertado. Enfim.
A manhã se fazia de café forte e o jardim nos fundos do quintal. Alface, cebolinha, salsa, coentro, alecrim, louro... no final das tarefas matutinas: as rosas e os brincos de princesa, lembranças vivas deixadas.
Almoço logo na esquina, bem barato e créditos com o dono do Restaurante. A prosa vinha e se estabelecia entre o passado e o presente. “Muita alface bonita” “E a perna machucada de guerra” “A falta que ela me fazia”. O futuro só se apresentava em conversas meteorológicas: “vai chover hoje” “o sol nasce!”. Enfim, o futuro não era tão interessante assim.
A tarde era da varanda. Qualquer distração... vizinho e mais prosa, algo a ser consertado, o rádio e um pouco de música. Tudo terminava no café forte, preto e coado lá pelas 16 horas.
Neste momento em diante era como se a dor voltasse da rua para dormir. Não, dormir significaria repousar enfim. Ela chegava e vigiava o jantar, a televisão, os sonos recortados e o coração de batidas fracas. Uma excelente vigia dos suspiros profundos, dos gemidos sufocados, das ânsias de chorar.
E logo o Sol surgia e tudo se repetia. Os brincos de princesa, da mais bela princesa da saudade, do presente na varanda, onde se podiam entreter as dores profundas do velho coração

Um dia de noite intensa. Os brincos de princesa vêm cobrar a ausência de cuidados. O almoço se fez num cheiro que cruzou a janela, mas que não supriu o apetite. Nada a se consertar a não ser a visão estonteada da cama jogada no teto. E a dor impiedosa, deitou junto a cama e conseguiu soprar vagamente suas melodias enfadonhas.
O Sol logo surgia na varanda solitária carregando na mão a Princesa de brincos. O futuro pede desculpa pela demora. Mas já não há mais desassossego para àquele coração. Consertado. Enfim.
Ana Laura, estava pensando: onde que a rotina nos leva? O mesmo destino, enfim? A única coisa que torna o enfim diferente para cada um é a forma que re-contamos a mesma história. Re-contemos a história a cada dia, então.
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