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sábado, 16 de julho de 2011

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"Se você me perguntar se ainda é seu
Todo meu amor, eu sei que eu
Certamente vou dizer que sim
Mas já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração..."
(Roberto e Erasmo Carlos)



Eu esperei um tempo, uma quase vida, ou melhor, dias de esperas são sobrevidas que vamos levando em meio de um turbilhão de sentimentos. É não dar espaço para outros sorrisos, para outros olhares. É se fechar em casa e se trancar com a solidão. É ficar um tempo em meio às lembranças, revirar fotos, reler conversas, mensagens no celular que resolveu silenciar. Os dias demoram a passar, as horas se tornam inimigas. E o resto são sempre “quases” que eu cansei de esperar. Não quero mais nada pela metade, não quero opções quando sou uma delas. Não quero frases curtas, não quero lembranças de beijos, não quero mais procurar cheiros que me remetem a você. Não! Quero o novo, quero um sorriso diferente, um novo brilho no olhar, um beijo que ainda não provei, palavras sinceras, quero sim amar e ser amada e não mais amar solitariamente. Eu esperei o vento mudar, eu me fiz escrava de uma indiferença, da sua forma autista de me tratar. Hoje sou apenas uma página rabiscada do livro da sua caminhada. Quero um novo livro para ser bem mais que um capítulo e quero alguém livre para ser a inspiração, para ser o personagem principal e único do livro da minha vida.

Tatiane.

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