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terça-feira, 30 de março de 2010

Bom humor com Dani Gurgel ! Clinch


Clinch
Danilo Moraes/Ricardo Teté

Vê se medica esse teu mau-humor
O dia lindo e você tá sempre borocoxô

Cada mania, nego, que horror
É jurubeba, rapé, fórmula 1, dominó

Quando birita se mete a cantar
E dá-lhe Nelson Gonçalves, Cauby e Frank Sinatra

Pra tua sorte gosto de brigar
Eu não sou flor que se cheire, você vai ter que casar

Luva de pelica
É muita sofisticação

Minha sutileza se traduz na expressão:
Vai te catar Nicanor!

Feito cacique
Cê da xilique

Depois reclama que eu me espalho e roubo o cobertor
Você me enche

A gente clinch
Se deu patada se prepara que o troco é bom

domingo, 28 de março de 2010

Tudo começa com um ponto!




Eu não sou adepta aos discursos do EU. Mas as vezes é preciso achar um equilibrio. Mensagem maravilhosa de um amiga, chamada Tainan Begara, uma alma perfumada.
Muita força para todos esta semana.
Amo!
Ana Laura

terça-feira, 23 de março de 2010

Convite


Minha casa a quero sempre coloria. Tapete, cortina e colcha. Um tantinho de todos nela e nas paredes em fotos. Uns vasos de plantas para enfeitar e outros de chá.
Quero luz com janela ampla, ou seria janela ampla com luz? Quero uma poltrona e travesseiros e o cheiro de: pode ficar, bem vindo, você é querido.
Um tanto de livros e filmes para o silêncio. Quero preguiça nos quartos e camas, bocejos e desejos de boa noite. Talvez um café forte para os fracos e vinho para os românticos.
Pode ser que não haja televisão. Um rádio, vitrola e gargalhadas já fariam uma boa percussão. Bruna Caram, Roberta Sá, Ana Cañas,Maria Gadú, Yann Tiersen, Dani Gurgel...quem você está curtindo agora?
Nela quero amigos pendurados em meu colo. Porta aberta, sempre. E a certeza que ali dentro posso acabar com as tempestades. Talvez eu desista do Minha e invista no Nossa.

Ana Laura, construindo.

Hora do Planeta 2010


No sábado, 27 de março, entre 20h30 e 21h30 (hora de Brasília), 2.383 cidades em 117 países participam da Hora do Planeta, das moradias mais simples aos maiores monumentos, as luzes serão apagadas por uma hora. Vamos todos dar as mãos na luta contra o aquecimento global, nessa hora espero que as luzes da nossa consciência fiquem ligadas e que façamos sempre mais pela natureza que grita por socorro.


Participe você também. Cadastre-se e saiba como aderir e divulgar a Hora do Planeta 2010:
Site oficial e cadastro: www.horadoplaneta.org.br

segunda-feira, 22 de março de 2010

...


Não consigo aceitar muito bem algumas leis da vida, a morte, por exemplo, a acho injusta, ela arranca da sua vida alguém que você ama muito, assim do nada de uma hora pra outra. Penso que deveríamos vir com um aviso prévio, ou com uma cartilha ensinando a amar sem se apegar. E mais uma vez Deus veio colher uma flor do meu jardim e mais uma vez meu coração despedaçou. Não tenho palavras que descreva a minha dor nesse momento, não tenho como não chorar e nem sofrer. Não tem como me voltar contra Ele mesmo que todas as noites eu esteja pedindo forças a Ele para continuar, e também não me venham com frases feitas, ninguém quer que o outro descanse, ou que eu tenha que entender por seguir determinada religião. Estou chorando, estou sofrendo e sangrando e o tempo só está piorando essa minha situação. A casa perdeu seu som, seus movimentos, a noite está calada e a minha vida mais vazia. E como disse não tenho mais palavras que descrevam a minha e somente minha dor nesse momento...Eu sempre vou te amar meui Tio!!!


Tatiane sem mais palavras. Ana Laura só tenho que agradecer todos os dias por ter você como amiga...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Campanha denúncia Dê um tempo! Proibida pela Nestlê

Eu vi esta campanha no site Sindrome de Estocolmo (está na coluna ao lado, enjoy).
Muito me tocou a campanha que foi posteriormente proibida.
Se dê um tempo para pensar e consumir com consciência.

Pedimos a Nestlê a não utilização de oléo de Palmas, encontrado na Indonésia, cujo uso está acabando com as florestas tropicais e com os orangotangos!



MAIORES INFORMAÇÕES NO SITE: www.greenpeace.org.br/kitkat

quinta-feira, 18 de março de 2010

O melhor emeio da semana: Relato de uma sofredora na depilação

"Tenta sim. Vai ficar lindo".
Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve.Mas acho que pentelho não pesa tanto assim.
Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa.
Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?- Virilha.- Normal ou cavada? (Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.)
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às… Deixa eu ver…13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos,gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou acordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- É… é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro. (Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei.)De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu.
Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa “que garota estranha”. Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope.
Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.(Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo).
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
E quis matá-la. Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. “Me leva daqui, Deus, me teletranspor$ta”. Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da puta arrancar cabelinhos mais filhos da puta ainda resistentes. E quis matá-la!
Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiqueiesperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la.
De repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente lambuzando o meu “forévis”. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento.
Pê puxou a cera.
Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha do meu cú pra contar a história.
- Vira agora do outro lado. (porra.. por que não arrancou tudo de uma vez?)Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o meu cuzinho lindo tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda…
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar?????….. eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso.
Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
Queria comprar o domínio www.preserveasvaginaspeludas.com.br
FDP foi a mulher que inventou a “cavadinha”
Autor desconhecido

segunda-feira, 15 de março de 2010

Quem seriam as pessoas pensantes para Maitê Proença?

Eu não sei por que insisto em assistir televisão?

Ainda mais programa extremamente cultural como o Programa do Faustão!
Pior ainda quando exibem quadros com pessoas altamente inteligentes e respeitosas como Maitê Proença.
Preciso me penitenciar por tantos pecados!
Explico-me. Nossa querida (lê-se: mais uma vez desnecessária) Maitê Proença já tinha me desencantado com aquele vídeo feito em Portugal. De muito mau gosto, a atriz (ou sei lá o que ela é) vai fazendo piadas ridículas em relação ao povo e cultura portuguesa.
Uma vergonha que quase causou problemas diplomáticos entre o Brasil e Portugal. Claro, que ela se retratou e sujou mais a situação!
Tanto disse, na retratação, que o Povo Brasileiro é muito brincalhão (lê-se mal educado) e que zoam o baiano que é indolente, carioca que é malandro...eu hein.
Maitê, querida, a culpa é sua, só sua, benhên!
Bom, mas novamente a Maitê me mata de vergonha! Será que existe interdição por tratamento anti diplomáticos, anti humanistas...

Maitê Proença foi ao Haiti acompanhar o trabalho de médicos brasileiros e depois convidada a falar sobre o assunto no Programa do Faustão. Ela ao fazer um panorama sobre o Haiti tem o desrespeito de dizer que não sabe como se dará a reconstrução do país, devido não ter restado pessoas pensantes. (?!?)
Ela ainda diz que há uma ironia perversa no país: o terremoto primeiro atingiu os bairros ricos, depois todos os prédios do governo e dos poderes e as faculdades de medicinas. Dando a entender que as pessoas que sobraram são justamente os não-pensantes, ou seja, os que não têm a capacidade de governar o país!
Então, só a classe dominante é pensante para Maitê!
Ironia é ela se prestar a um trabalho deste.
Sem comentar a superficialidade com que ela divulga a ONG (tão bem que nem lembro o nome) e trata da saúde dos povos indígenas no Brasil. Faz uma babação de ovo na Missão Brasileira e disserta (emocionada) sobre o único ser pensante no Haiti, um diplomata, que está em busca de outros seres pensantes para re-erguer o país...nesta parte eu pensei que ela ia dizer: Missão Impossível... enfim...enfim (muitas gafes).

Eu odeio fazer estes tipos de críticas. Não gosto de páginas de ódio e prefiro críticas construtivas sobre as situações. Mas me dói esta indignidade com que as pessoas se referem às outras.
Muitas pessoas deveriam ficar em casa ao invés de fazer estes desserviços "humanitários".

Ela chega a fazer uma certa ligação que pessoas não-pensantes se tornam animais. Se não bastasse a desvatidão que ocorreu no Haiti, Maitê tem a pachorra de chamá-los indiretamente de animais.
Zombar dos outros e desumanizar as pessoas, se esse é o objetivo, parabéns Maitê, você é a melhor nisto. Ah! Agradeça que os não-pensantes têm coisas mais importantes para fazer. Porque certo seria que eles pedissem uma retratação.
A animalidade do ser humano está na precarização das condições humanas, todavia é também ela que conduz ascensão de sentimentos genuinamentes humanos como a empatia, a solidariedade e o respeito. Dialeticamente a alienação e consciência convivem.
A brutalização do homem é quando ele não se vê mais parte da humanidade, enquanto ser génerico, e por assim estar, apartado, buscando interesses egoistas e próprios.
Vê o mundo sobre a ótica individual das potencialidades do Eu, tão somente. Eu posso, eu sou...então todos podem e todos são! E se não puderem culpa é deles, não minha!
O Haiti se reergue solidarizando a tragédia. Ricos e pobres se misturam no desastre.
Mas pessoas que não têm muito a dizer compara os outros de acordo com sua ótica estreita de ideologias facistas! Isto sim é animal, desumano e grotesco.
Ana Laura. O mais engraçado que eu li por aí: Se já não bastasse o terremoto ter devastado o Haiti. Deus ainda manda alguém para zombar dele!

terça-feira, 9 de março de 2010

Como anda a Princesa de Conto de Fada que você se espelhava?


Cinderela. Sozinha, desiludida e bebendo.



Branca de Neve: Casada com o principe e com outros pequeninos!
Olha a cara de felicidade dela!
Eu sempre odiei a sua história. Ela só conseguiu ajuda dos anões porque virou a doméstica deles. Eu hein, nem nos Contos de Fadas tinha solidariedade!



A Bela Adormecida. Com certeza ela está fingindo sono eterno!



A Yasmim. Esta, sem comentários. Adoreiiiii



A Bela de "A Bela e a Fera". Bem ironico, não?
Pensei que ela tinha superado o padrão de beleza, já que se apaixonou pela fera!



A Chapéuzinho Vermelho. Com certeza vítima de alguma disfunção alimentar, tão comum entre as mulheres!
Mas o Lobo Mal deve adorar!


Agora. Parem de rir.
Minha referência infantil de beleza (na época eu não sabia que ela vestia uma bandeira como maio, tá): A Mulher Maravilha.
Ela não vivia nenhum Conto de Fada, ela combatia o crime, batia em homem (não que eu ache que as mulheres tenham que bater em homens. É algo simbólico).
Morena, alta e com olhos verdes....me falta quase todos os predicados!!!kkkkk
Mas olha só...depois de anos combatendo o crime a Mulher Maravilha também envelheceu, engordou e adora animais....
Tirando cigarro, ela continua Mara!




Eu recebi este emeio divertido a algum tempo. A piada parece boa, pois desconstrói as primeiras figuras, padronizadas estéticamente, que as meninas se deparam. O desejado, o esperado, o que você deve ser, o da princesa romântica de um conto de fada!
É bom perceber que envelhecemos, que nossas silhuetas são diferentes e que nem sempre a vida será Feliz para Sempre como um Conto de Fadas!


Ana Laura

segunda-feira, 8 de março de 2010

100 anos comemorando o Dia Internacional da Mulher!


Em 2010, o movimento feminista comemora 100 anos da proposição do Dia Internacional da Mulher

No ano de 1908, as mulheres socialistas dos Estados Unidos organizaram um Dia das Mulheres dedicado à luta pelo direito ao voto. Essas mulheres eram parte do movimento sindical e socialista e foram protagonistas de amplos movimentos grevistas por direitos trabalhistas. Em 1910, na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em Copenhague, Dinamarca, Clara Zetkin propõe que, a exemplo das americanas, começasse a ser celebrado o Dia Internacional das Mulheres. Nos anos seguintes, as comemorações se espalharam pela Europa, mas ainda sem data fixa e única para todos os países, apesar de sempre fazerem referência ao direito ao voto feminino como parte da luta pela emancipação das mulheres. A data do 8 de março aparece em 1917, quando um grupo de operárias russas inicia uma greve geral contra a fome, a guerra e o czarismo, construindo um processo de lutas que deu início à revolução de fevereiro.

Associadas da ABONG no Dia Internacional da Mulher

Chega de "inhas"

Qual o elogio que uma mulher adora receber? Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos: mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais. Diga que ela é uma mulher inteligente, e ela irá com a sua cara.
Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação, e ela decorará o seu número. Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito, da sua aura de mistério, de como ela tem classe: ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa. Mas não pense que o jogo está ganho: manter o cargo vai depender da sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta.
Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe, que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades, que ela é um avião no mundo dos negócios. Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical.
Agora quer ver o mundo cair? Diga que ela é muito boazinha. Descreva aí uma mulher boazinha. Voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão. Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana. Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor. Nunca teve um chilique. Nunca colocou os pés num show de rock. É queridinha. Pequeninha. Educadinha. Enfim, uma mulher boazinha.
Fomos boazinhas por séculos. Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas. Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos. A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho. Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa. Quietinhas, mas inquietas. Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas. Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais. Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen. Ser chamada de patricinha é ofensa mortal. Pitchulinha é coisa de retardada.
Quem gosta de diminutivos, definha. Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa. Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo. As boazinhas não têm defeitos. Não têm atitude. Conformam-se com a coadjuvância. PH neutro. Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos. Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos. As "inhas" não moram mais aqui. Foram para o espaço, sozinhas.”



Martha Medeiros

domingo, 7 de março de 2010

A Arte de amar o desconhecido..


Me lembro que desde pequena não entendia muito bem porque meu tio era diferente dos outros, mas gostava daquele jeito especial dele, muitas vezes brincando com nós as crianças, por outras cuidando, olhando e sempre sorrindo. Fui crescendo e vendo que sua vida por muitas vezes era mais dificil que dos demais, fui vendo suas limitações, aprendendo que sempre teria que ter uma pessoa ao seu lado e que quando algo não ia bem era para os braços da minha avó que ele corria, assim como uma criança assustada. Eu não tinha responsabilidades com ele já que vovó sempre estava lá, mas ela partiu assim suave e serena sabendo que ele estaria em boas mãos. Me lembro que estavamos eu, minha prima e ele no carro indo para o cemitério, nós duas tentando se manter calmas e não chorar, mas ele num lapso de consciência caiu num choro e se viu sem os pais e chorava feito criança, ali eu sabia que tinha um compromisso de amor e cuidado com esse ser frágil por fora mas forte por dentro. O tempo correu e hoje mais do que nunca onde ele se encontra mais fragilizado com o corpo pedindo por descanso eu sei que são poucos os que tem paciência e amor. E eu não sei se vou conseguir, mas estou tentando e aqui me encontro sem conseguir dormir por que tenho medo de deixá-lo partir sozinho. E de hora em hora vou lá zelar por seu sono, e pedir a Deus que seja apenas mais um susto. Eu preciso do seu sorriso pois com ele fica mais fácil e o que eu mais admiro nos seres especiais é que mesmo com dor, mesmo com suas limitações, pré-conceitos e muitas vezes humilhações eles ainda conseguem viver com um sorriso estampado na face. E eu ainda preciso tio do seu sorriso do meu lado, e enquanto eu tiver forças vou lutar pelo seu bem estar sempre...


Tati. Buscando não sei aonde uma estrutura para continuar...

quarta-feira, 3 de março de 2010

O DIA EM QUE ESTE TEU VELHO NÃO FOR MAIS O MESMO, TENHA PACIÊNCIA E ME COMPREENDA

Quando eu derramar comida sobre minha camisa e me esquecer de como amarrar meus sapatos, tem paciência comigo e lembra-te das horas em que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.
Se quando conversares comigo eu repetir as mesmas histórias, que sabes de sobra como terminam, não me interrompas e me escuta. Quando eras pequeno, para que dormisses, tive que te contar milhares de vezes a mesma estória até que fechasses os olhinhos.
Quando estivermos reunidos e sem querer eu fizer minhas necessidades, não fiques com vergonha. Compreende que não tenho culpa disso, pois já não as posso controlar. Pensa, quantas vezes, pacientemente, troquei tuas roupas para que estivesses sempre limpinho e cheiroso.
Não me reproves se eu não quiser tomar banho, sê paciente comigo. Lembra-te dos momentos que te persegui e os mil pretextos que inventava para te convencer a tomar banho.
Quando me vires inútil e ignorante na frente de novas tecnologias que já não poderei entender, te suplico que me dês todo o tempo que seja necessário, e que não me machuques com um sorriso sarcástico. Lembra-te de que fui eu quem te ensinou tantas coisas: comer, vestir e como enfrentar a vida tão bem como hoje o fazes.
Isso é resultado do meu esforço e da minha perseverança.
Se em algum momento, quando conversarmos, eu me esquecer do que estávamos falando, tem paciência e me ajuda a lembrar. Talvez a única coisa importante para mim naquele momento seja o fato de ver-te perto de mim, dando-me atenção, e não o que falávamos.
Também compreende que com o tempo não terei dentes fortes e nem agilidade para engolir.
E quando minhas pernas falharem por estarem tão cansadas e eu já não conseguir mais me equilibrar, com ternura, dá-me a tua mão para me apoiar, como eu o fiz quando começaste a caminhar com tuas perninhas tão frágeis.
E se algum dia me ouvires dizer que não quero mais viver, não te aborreças comigo. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com teu carinho ou com o quanto te amo.
Compreende que é difícil ver a vida abandonando aos poucos o meu corpo e que é duro admitir que já não tenho mais o vigor para correr ao teu lado, ou para tomar-te em meus braços, como antes.
E, até quando eu me for, construirei para ti outra rota em outro tempo, mas estarei sempre contigo e zelando por ti.
Da mesma maneira que te acompanhei no início da tua jornada, peço-te que me acompanhes para terminar a minha. Trata-me com amor e paciência e eu te devolverei sorrisos e gratidão, com o imenso amor que sempre tive por ti.
Atenciosamente,
TEU VELHO

(Autor Desconhecido)

terça-feira, 2 de março de 2010

O tempo me mostrou que os erros são essenciais para o crescimento humano, me fez enxergar que a minha dor é apenas igual ao do outro e nunca maior, que a dor passa, a saudade aumenta, o riso é gostoso, o caminhar é lento, que andar de mãos dadas é compartilhar tudo o que se sente, que as pessoas que passam pela minha vida me ensinam algo mesmo que pequeno, que a distância não mata a amizade, pelo contrário a faz mais forte. Aprendi também que a família é a base mesmo com todos os seus defeitos, que o trabalho é primordial, que a diversão é necessária e que nunca se é tarde para aprender algo. O tempo me mostrou que a cada minuto ele passa mais rápido, que as estações estão mais pertos e que se eu não abrir meus olhos muitas terão passado sem ao menos eu perceber. Ele me mostrou também que posso sim cair e levantar com a cabeça erguida, que sempre terei alguém para me estender a mão e que a solidão que eu penso sentir é apenas a saudade de um lugar que minha alma sente e que eu penso ser daqui. O tempo soprou no meu ouvido que a gentileza devia ser lei, mas lei natural daquelas que todos precisam cumprir como beber água ao sentir sede, que palavras deveriam apenas ser usadas para o bem e ele me disse que a educação é algo tão belo que um dia será extinto. A sabedoria passará a ser coisa rara e as pessoas irão se estranhar ainda mais, e ele me lembrou que a natureza pede por socorro urgentemente, que muitos sabem disso e nada fazem que estamos matando cada dia mais e mais. Me senti uma pessoa tão ruim depois dessa conversa que aprendi que o tempo é o meu professor particular e que cabe apenas a nós mesmo aproveitar esse momentos em que ele nos mostra a realidade e tentar mudar e tentar ajudar e tentar salvar o nosso mundo, não o meu mundinho particular, mas o mundo em que eu e os meus vivem, o mundo em nós e os nossos vivem e viverão se conseguirmos fazê-lo sobreviver.




Tatiane R. Em uma das muitas noites de insônia.


segunda-feira, 1 de março de 2010

Eu chorei, sem disfarçar

Maria Gadú e Ana Carolina. Música: Mais que a mim.

Ana Laura em: depois do Carnaval, a Realidade :(