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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

DIAS DE CHUVAS


Este começo de ano está me saindo um ótimo momento para o recolhimento e reflexão. Demite-me e busco outro emprego, para ser sincera procuro um espaço no mundo, um espaço onde possa ter um pouco de tudo que gosto. Estou entrando com um processo trabalhista e tentando me manter sã com tudo isto.
Minhas mãos estão quase sempre sujas de terra pelas plantinhas que cuido toda manhã. Meus pés e pernas doloridos pelo meu forçoso treino de corrida... “eu quero correr”.
Já dou sinais de emagrecimento rápido devido a falta de apetite que os problemas me trazem. Mas me sinto feliz em sentir-me mais leve e leve.
Um livro sempre está na bolsa, um letárgico que insisto em entender! Está acabando e logo puxo mais um da pilha que se formou na estante.
E no final de tudo, aqui na minha região, chove dias intermináveis. Acordo a noite acreditando que a barragem estourou ou que o prédio está alagando. Minha alma está inundada no barulho desta chuva, me sinto encharcada deste silêncio. Mas é bom, agora posso remendar alguns buracos que o barulho não me permitia.
Eu vou à luta!


Ana Laura. Clarice faz mais sentido agora:


Um dia em que todo meu movimento será criação,
nascimento, eu romperei todos os nãos que existem
dentro de mim, provarei a mim mesma que nada
há a temer, que tudo o que eu for será sempre
onde haja uma mulher com meu princípio,
erguerei dentro de mim o que sou um dia.

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